Mariah Carey vence ação judicial que a acusava de plágio em clássico de natal
Artista enfrentava processo por suposta violação de direitos autoriais em 'All I Want for Christmas is You'

Foto: Reprodução/YouTube
Mariah Carey conquistou mais uma vitória na Justiça dos Estados Unidos com o arquivamento definitivo da ação que a acusava de plágio no sucesso natalino All I Want for Christmas Is You. Além do encerramento do processo, a cantora foi beneficiada com a condenação ao pagamento de 92,3 mil dólares em honorários advocatícios, valor que deverá ser pago pelos advogados do autor da ação, o cantor country Andy Stone, conhecido artisticamente como Vince Vance.
Segundo documentos judiciais obtidos pela Rolling Stone, as sanções foram aplicadas após a Justiça considerar a ação sem fundamento. Stone alegava que a música lançada por Mariah em 1994 teria copiado uma canção de mesmo nome gravada por sua banda, Vince Vance & the Valiants, em 1988, e pedia uma indenização de 20 milhões de dólares.
O processo foi encerrado em março, quando a juíza responsável concluiu que Stone e seu coautor, Troy Powers, não apresentaram provas suficientes para sustentar a acusação de violação de direitos autorais. Na decisão, a magistrada fez duras críticas à condução do caso, classificando as irregularidades apontadas como “graves” e passíveis de punições mais severas.
De acordo com a juíza, Mariah Carey e os demais réus — Sony Music, Kobalt Publishing e o produtor Walter Afanasieff — foram obrigados a arcar com custos desnecessários para responder a argumentos considerados frágeis e sem respaldo factual. O total das sanções impostas chega a 109,9 mil dólares, incluindo mais de 14 mil dólares destinados à Sony, além de valores destinados à editora e ao produtor.
A decisão mais recente também destacou falhas éticas na atuação dos advogados Gerard Fox e Douglas M. Schmidt, que deixaram de mencionar Troy Powers em documentos apresentados ao tribunal. Embora Fox tenha afirmado que não mantém mais contato com o coautor, a juíza ressaltou que isso não isenta os advogados de suas responsabilidades profissionais enquanto não houver autorização formal para a retirada da representação.
Os advogados têm até o dia 5 de janeiro para justificar por que o descumprimento das regras de conduta profissional da Califórnia não deve resultar em medidas disciplinares. Caso não apresentem resposta, novas sanções poderão ser aplicadas.


