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Polícia detalha papéis de traficantes nas mortes de três técnicos de internet em Salvador

Suspeita é que criminosos confundiram a instalação de fios de fibra óptica com a montagem de monitoramento através de câmeras

Por Da Redação
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Atualizado
Polícia detalha papéis de traficantes nas mortes de três técnicos de internet em Salvador

Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Os assassinatos dos três técnicos de internet encontrados mortos no bairro do Alto do Cabrito, em Salvador, completaram uma semana nesta terça-feira (23). As investigações da Polícia Civil apontam que pelo menos 11 suspeitos participaram do crime, com funções bem definidas entre olheiro, mandantes e executores. A principal linha investigativa indica que integrantes do tráfico se confundiram e acreditaram que os trabalhadores estariam instalando câmeras de vigilância nos postes da região.

As vítimas foram identificadas como Ricardo Antônio da Silva Souza, de 44 anos, Jackson Santos Macedo, de 41, e Patrick Vinícius dos Santos Horta, de 28. Eles haviam sido vistos pela última vez no dia 15 de dezembro, no bairro de Marechal Rondon, onde realizavam serviços de instalação de fios. Os corpos foram localizados no dia seguinte, já no Alto do Cabrito.

Segundo a polícia, Alexandre Souza Barbosa, conhecido como “Esquilo”, atuou como olheiro. Ele monitorou a movimentação dos técnicos enquanto eles trabalhavam nos postes e repassou as informações para outros integrantes do grupo criminoso. A partir disso, a situação foi comunicada aos líderes da organização.

Segundo apuração do g1 Bahia, a ordem para matar os trabalhadores teria partido de chefes do grupo criminoso. Entre os suspeitos apontados como mandantes estão George Ferreira Santos, conhecido como “Capanga”, Antônio Dias de Jesus, o “Colorido”, e Venício Bacelar Costa, o “Fofão”, que já estavam presos à época do crime.

A defesa dos três nega que eles tenham dado a ordem, alegando que, nos dias 16 e 17 de dezembro, eles realizavam provas do Enem PPL, versão do exame aplicada a pessoas privadas de liberdade. O g1 tentou confirmar a informação com a Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia.

Outro homem também é apontado como mandante: Édson Silva de Santana, conhecido como “Jegue”, que está foragido da Justiça.

Após a autorização dos líderes, os executores sequestraram os técnicos em Marechal Rondon e os levaram até o Alto do Cabrito. No local, as vítimas foram amarradas, torturadas e assassinadas.

Entre os executores identificados estão Jonatas Amorim Nascimento, o “Jhnon”, Kauan Pires da Silva, o “Cabeça de TV”, Alexandre Souza Barbosa, o “Esquilo”, e Joeferson Gomes dos Santos, o “Geu Banguela”, todos presos. Adriel Santos da Silva, o “Nego D’Água”, e Igor Tarso Canuto da Silva, o “Piloto”, seguem foragidos. Jeferson Caíque Nunes dos Santos, conhecido como “Badalo”, também é citado nas investigações, mas morreu após troca de tiros com a polícia no domingo, em Salvador.

A Polícia Civil teve acesso a um vídeo que mostra o momento em que um dos traficantes se confunde e acredita que uma câmera estaria sendo instalada em um poste de Marechal Rondon. Na gravação, ele alerta “Badalo” sobre o suposto equipamento. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil da Bahia, André Viana, não havia câmeras no local. As vítimas instalaram apenas fios de fibra óptica.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia, “Badalo” havia deixado o presídio em outubro deste ano, após obter livramento condicional. Ele respondia por crimes como roubo a banco com uso de explosivos e tráfico de drogas. O celular de um dos técnicos assassinados foi encontrado com ele.

As investigações seguem em andamento para localizar os foragidos e esclarecer todos os detalhes da atuação do grupo criminoso no triplo homicídio.

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