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Autoimagem, comparação e armaduras: o que a fala de Anitta revela sobre como mulheres se enxergam!

A especialista em autoamor e autoconhecimento, Renata Fornari, analisa o impacto emocional por trás da frase da cantora, e expõe por que tantas mulheres acreditam que “são um lixo”

Por Michel Telles
Às

Autoimagem, comparação e armaduras: o que a fala de Anitta revela sobre como mulheres se enxergam!

Foto: Redes Sociais

Durante uma live realizada nesta semana, Anitta viralizou ao comentar, de forma despretensiosa e muito verdadeira, que há dias em que se sente “um cocô”. A frase, que rapidamente tomou as redes, expôs um fenômeno silencioso entre mulheres: a sensação constante de inadequação.

Para a especialista em autoamor e autoconhecimento, Renata Fornari, a questão principal não é “o que fazer com a merda”, mas sim por que tantas mulheres acreditam que são ela. “A pergunta que eu faço é: por que você se sente assim? De onde vem essa ideia de que você não é suficiente? Ninguém nasce se achando menos. Isso é aprendido”, afirma.

Segundo Renata, esse sentimento está profundamente ligado ao ciclo moderno de comparação. “A mulher olha para o lado, vê alguém aparentemente forte, produtiva, feliz, linda… e automaticamente conclui que ela deveria ser igual. Mas quando você vive tentando ser a versão que imagina que o mundo gostaria que você fosse, você se perde de si. E, quando se perde de si, é natural que comece a achar que tem algo errado com você”.

A especialista explica que esse comportamento nasce da formação de armaduras emocionais, estratégias inconscientes para lidar com rejeição, pressão e expectativas externas.

“Muitas mulheres aprendem desde cedo a vestir a Armadura da Autossuficiente, da Controladora, da Sabotadora… e a pior delas: a de ‘se fazer de forte o tempo todo’. Quando você finge que está tudo bem, mesmo quando não está, você cria um abismo interno. E esse abismo vira a sensação de ‘sou um lixo’.”

 

Renata enfatiza que sentir tristeza não é o problema, o problema é transformar isso em identidade. “Tem dias em que você vai se sentir mal, cansada, vulnerável. Isso é humano. O perigo está em acreditar que esse estado é um retrato fiel de quem você é. Não é. Mas se você vive dentro de armaduras, sem acessar sua essência, sem reconhecer suas verdadeiras necessidades, essa sensação vira regra, não exceção”.

Para Renata, o impacto cultural da fala de Anitta também revela um cansaço coletivo com a performance da perfeição. “Quando uma figura pública admite que tem dias ruins, ela quebra a fantasia da mulher impecável. Isso alivia outras mulheres que estão sofrendo sozinhas tentando sustentar um papel que não existe. Ser dona de si não é estar bem o tempo todo, é saber quem você é para além das expectativas dos outros”.

A especialista finaliza reforçando que autoestima não nasce da força, mas da verdade. “Antes de transformar a dor em adubo, a mulher precisa entender por que acredita que é essa dor. A cura começa quando ela tira a armadura, olha para si com honestidade e decide que não vai mais viver em função do que o mundo espera, mas sim do que a alma dela precisa”.

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