Vídeo: Moraes agradece atuação de Lula após retirada de sanções dos EUA
Em discurso, ministro afirmou que "a verdade prevaleceu".

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes agradeceu publicamente o empenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o governo dos Estados Unidos retirar as sanções que haviam sido impostas a ele e à esposa com base na Lei Magnitsky. A manifestação ocorreu na sexta-feira (12), durante a inauguração do canal SBT News, em São Paulo, evento que reuniu autoridades dos Três Poderes.
Em discurso, Moraes afirmou que sempre confiou na reversão da medida e que teria pedido ao presidente que evitasse reações públicas às pressões internacionais. Segundo o ministro, a estratégia tinha como base a convicção de que os fatos seriam esclarecidos junto às autoridades norte-americanas. “A verdade venceu hoje”, declarou.
"Agradeço ao presidente Lula. A verdade venceu hoje. O presidente se recorda de que, em julho e início de agosto, quando o Supremo se reuniu para tratar dessas questões do Judiciário brasileiro, pedi ao presidente que não tomasse nenhuma medida contra isso, porque acreditava, como continuei acreditando, que a verdade chegaria às autoridades norte-americanas e apareceria”, disse o ministro.
O magistrado atribuiu o desfecho ao trabalho do governo brasileiro e classificou o episódio como uma “tripla vitória”. De acordo com ele, a retirada das sanções representa uma vitória do Judiciário brasileiro, que, segundo afirmou, não cedeu à tentativas de coerção.
Ainda em sua fala, o ministro destacou que com o desfecho do caso, o Brasil se mostra como um exemplo de força institucional e respeito às regras democráticas.
Alexandre de Moraes havia sido incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky em 30 de julho, durante o governo de Donald Trump, em meio a pressões relacionadas ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por suspeita de liderar uma organização criminosa em uma tentativa de golpe de Estado. A legislação norte-americana prevê sanções financeiras a estrangeiros acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos e nunca havia sido aplicada contra integrantes do Poder Judiciário.
Até o momento, o governo dos Estados Unidos não divulgou a justificativa oficial para a retirada do nome de Moraes e de sua esposa da lista de sancionados.
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