Retrospectiva do Bahia: confira altos e baixos do tricolor em 2025
Tricolor levantou duas taças, foi um ótimo mandante no Brasileirão, mas também encarou instabilidade na temporada

Foto: Letícia Martins/EC. Bahia
Título do Baianão na casa do Vitória, penta da Copa do Nordeste, vivendo com fantasma das quartas de final da Copa do Nordeste, mandante brilhante em casa e ruim fora no Brasileirão. O agitado ano do Bahia com 80 partidas disputadas, foi recheado de vários capítulos e o Farol da Bahia te ajuda a relembrar como foi o ano do Tricolor.
Logo de início, o Bahia se viu na missão de tentar voltar a conquistar o título do Campeonato Baiano após ser derrotado para o maior rival no ano anterior. Um grito de campeão que ficou certamente entalado na garganta e afetou até aquele torcedor que não dá tanta bola para o Campeonato Estadual.
Iniciando as rodadas com um time misto e também utilizando alguns garotos da base, o Bahia não teve maiores dificuldades de chegar a final da competição e mais uma vez viu o Vitória na frente como grande rival. Era a revanche que o Tricolor tanto desejava.

Foto: Divulgação/EC.Bahia
No duelo de ida da final, triunfo do Bahia por 2 a 0 na Fonte Nova e o título encaminhado. No confronto de volta, no Barradão, o Tricolor conseguiu segurar um empate contra o Leão no Barradão por 1 a 1 e se sagrou campeão baiano pela 51ª vez.
Sonho da Glória Eterna fica no sonho
Depois de 35 anos, o Bahia voltava a disputar uma Libertadores e o torcedor sonhava alto com a possibilidade do time ir longe na competição.
Na pré-Libertadores, o Tricolor fez bonito e passou por The Strongest (BOL) e Boston River (URU), se classificando para a fase de grupos da maior competição continental. Porém, o desafio ainda estava apenas começando. Isso porque o time baiano caiu no chamado "grupo da morte" contra Internacional, Nacional (URU) e Atlético Nacional (COL) todos campeões da Libertadores.

Foto: Letícia Martins/EC.Bahia
O começo foi promissor, com o Bahia terminando os três primeiros jogos invictos, até liderando o grupo, mas somou três derrotas nas últimas três rodadas, incluindo uma em casa, e foi eliminado ainda na fase de grupos da competição continental.
Sul-Americana: chegada e despedida precoce
A eliminação do Bahia da Libertadores garantiu ainda ao Bahia sonhar com título em outra competição continental: a Copa Sul-Americana. Porém, o Tricolor não conseguiu suprir as expectativas.

Foto: Rafael Rodrigues/EC Bahia
Após um frustrante empate sem gols na Fonte Nova contra o América de Cali (COL), o Tricolor cometeu erros individuais defensivos e foi derrotado pelos colombianos por 2 a 0, dando adeus a última chance do ano de conquistar um título internacional
Brasileirão: Um ótimo mandante e um visitante ruim
Como foi em 2024, o Bahia começou o Campeonato Brasileiro com um desempenho quase que perfeito, se tornando praticamente imbatível jogando na Fonte Nova e alternando entre o G-4 e o G-6 da competição. Mais de 80% de aproveitamento jogando em casa no ano e o Tricolor pareceria que faria um campeonato tranquilo e que se classificaria para Libertadores até com uma certa tranquilidade, mas o desempenho fora de casa foi determinante para que isso não acontecesse.

Foto: Rafael Rodrigues/EC.Bahia
Como visitante, a postura acomodada e com pouca vontade de vencer, fizeram o Bahia vencer apenas três partidas jogando longe de Salvador e chatear o torcedor tricolor que cobrava uma postura diferente fora de casa, que poderia fazer o time ir para fase de grupos da Libertadores e não encerrar o Campeonato na sétima posição, indo para pré-fase da competição.
O fantasma das quartas da Copa do Brasil vive
A Copa do Brasil surgiu como uma outra possibilidade de o Bahia conquistar um título grande e coroar o alto investimento no ano. Nas fases preliminares, o Tricolor passou fácil pelos adversários mais fracos até chegar nas oitavas e enfrentar o modesto Retrô. Na ida, triunfo apertado por 3 a 2 na Fonte Nova e um empate sem gols na Arena Pernambuco. O Tricolor então, se classificava para as quartas de final mais uma vez e tentava tirar o fantasma de não conseguir avançar pelas semifinais.

Foto: Rafael Rodrigues / EC Bahia
Pelo caminho do Bahia, existia um outro Tricolor, o Fluminense. No confronto de ida na Fonte Nova, o Bahia conseguiu superar o time das Laranjeiras por 1 a 0 com gol já no fim da partida e foi com vantagem para o Maracanã. Na volta no Rio, o Tricolor baiano convivia mais uma vez com as más atuações longe de casa e foi derrotado por 2 a 0, dando mais uma vez adeus a Copa do Brasil ainda nas quartas de finais.
O pentacampeonato da Copa do Nordeste
Time de maior investimento da maior competição do Nordeste, o Bahia entrou logo de cara como candidato ao título e não decepcionou. Logo na primeira fase, o Tricolor terminou na liderança isolada do Grupo B. Foi aí então que veio o mata-mata e o Esquadrão não deu chances para nenhum dos rivais.

Foto: Maurícia da Matta / CBF
Nas quartas, passou pelo Fortaleza, nas semis, foi a vez do Ceará dar adeus a competição. A decisão foi diante do modesto Confiança, de Sergipe. O resultado? duas goleadas, uma por 4 a 1 e outra por 5 a 0, e a taça levantada na Fonte Nova pela quinta vez na história, se tornando o maior vencedor da competição.
No geral, um ano com mais a se exaltar do que lamentar. Dois títulos, mais uma vez classificado para maior competição do continente e um torcedor cada vez mais empolgado com o clube e ambicioso com um projeto que caminha para tornar o Tricolor uma das grandes potências do futebol brasileiro.

